Transporte individual

Como inverter a dependência da utilização do automóvel individual?

Como inverter a dependência da utilização do automóvel individual?

Como inverter a dependência da utilização do automóvel individual?

O International Transport Forum apresentou um estudo recente sobre de que forma os cidadãos podem ser encorajados a usar alternativas à utilização do carro individual. O crescimento do tráfego urbano tem um impacto imenso na vida das cidades, daí a urgência na adopção de opções mais sustentáveis e eficientes na utilização de um espaço que é comum.

Em muitas situações o carro será sempre a opção mais indicada e é para essas situações que o seu uso deve ser canalizado, em todas as outras, devem existir alternativas de resposta à satisfação das necessidades de transporte.

O desafio com que se deparam os gestores das cidades está precisamente em encontrar outras opções de viagem, o que inclui transporte público, bicicleta e mobilidade suave, andar a pé. Sendo que, todas elas exigem infraestruturas seguras e adequadas que dependem de políticas de curto e longo prazo. É precisamente neste equilíbrio entre o que é para implementar de imediato e o que deve obedecer a um tempo de educação e adaptação, que residem muitas vezes as maiores dificuldades.

O que o presente estudo recomenda é:

  • Reconquistar as ruas: redistribuir de forma equilibrada o espaço entre os diferentes meios de mobilidade, seja carros, transporte público, bicicletas, andar a pé. Não há razão para a utilização do espaço nas cidades por parte dos automóveis ser esmagadoramente superior
  • Instrumentos fiscais são opção: Estamos a falar de um bem que é escasso e de uso comum, ou seja, o espaço das cidades, cabe aos seus gestores, garantir que o uso desse mesmo espaço é eficiente e acrescenta valor à própria cidade
  • Oferecer alternativas de qualidade às viagens de carro: O investimento no transporte público é inevitável, proporcionar uma rede de transportes públicos segura e eficiente, agradável ao seu utilizador. Olhar para o transporte público, não como a última mas sim como primeira opção
  • Definir políticas de utilização do solo como base do desenvolvimento e assente na sustentabilidade urbana. A dispersão urbana é uma dificuldade acrescida, muitas cidades debatem-se com o crescimento de áreas residenciais construídas “à volta” das cidades e em que diariamente quem as habita desloca-se para trabalhar nas cidades. São zonas que, em muitos casos, o crescimento não está alinhado nem integra o crescimento urbano visto como um todo.

Pode ler o relatório completo aqui.